No dia da última tarefa, meus primos Hansein e Andrey vieram me visitar e passamos a manhã inteira conversando e visitando a escola. Eles são primos por parte de pai, uma vez que restam poucos da família da minha mãe. Mamãe e Julianne não puderam passar o dia conosco, uma por estar dando aula e a outra por estar tendo aula, logo ficamos nós três andando pelos terrenos da escola. Eles tentavam me fazer esquecer ao máximo possível a última tarefa e até conseguiram, pois quando voltamos para almoçar eu estava muito tranqüilo.
Na hora do almoço, Gabriel e Gina estavam com seus familiares e o mesmo para mim, de forma que almoçamos eu, mamãe, Julianne, Andrey, Hansein, Beatrice, Bram e Annia. Eles todos riam e tentavam me fazer esquecer da tarefa, mas como sempre meu humor começava a oscilar e às vezes eu respondia um pouco torto.
- Caramba, July, como você agüenta ele?! – Beatrice perguntou, rindo após eu ignorar uma pergunta de Andrey.
- Eu queria saber como o Bram e a Annia aturam na verdade. July é namorada, ela tem obrigação! – Hansein falou rindo, com forte sotaque búlgaro.
- Eu aturo só porque ele é Campeão de Durmstrang, é claro! Acha que eu estaria com ele se não fosse? – Julianne falou rindo, enquanto deitava a cabeça em meu ombro. Eu ri também e a olhei com os olhos estreitos.
- E eu só aturo você porque você é... Bonitinha. – Eu falei, olhando-a de cima abaixo. Ela riu também e deu um tapa no meu braço, antes de me beijar.
- Vocês se dão muito bem, um consegue aturar o outro, pronto! – Mamãe falou rindo de nós dois.
- Annia, ainda tem volta, tem certeza que quer passar mais alguns anos estudando com ele? – Andrey perguntou, rindo ao lembrar que iríamos para a mesma Escola no Cairo.
- Vocês não entendem, a Annia e o Reno são um caso antigo... Não se separam. – Bram falou implicando conosco. Annia deu um tapa no ombro dele, mas rindo.
- Claro, não sabiam não? Meu namoro com o John é fachada, eu gosto mesmo é do Reno! – Annia falou, deitando a cabeça em meu ombro também. – Sem ciúmes, ta July?
- Ciúmes? Pode ficar! – Julianne falou, empurrando-me para Annia, enquanto ria. – Aproveita e joga ele no Nilo, soube que tem crocodilos!
- Excelente idéia! Quando ele começar a perturbar demais eu jogo ele no Nilo!
- Mas me avisa antes pra eu te ajudar! – July falou rindo, enquanto eu revirava os olhos e abraçava-a pelos ombros.
- Se é pra se livrar desse chato, eu quero também! – Beatrice falou rapidamente, sendo ecoada por Hansein, Andrey e Bram.
- Bem tragam ao menos um pedacinho dele de recordação, por favor. – Mamãe falou, rindo conosco.
- Até você mãe! – Eu falei, fingindo estar chocado e triste.
Continuamos conversando por um tempo até mamãe ter que ir embora para terminar as últimas aulas da tarde. Como todos também tinham aula, com exceção de mim e de meus primos, eu acompanhei Julianne até a sua sala de aula, enquanto meus primos me esperavam no salão comunal, pois prometi que faríamos uma visita à vila vizinha.
- Pronto, boa aula, July. Espero que esteja pronta para ver seu campeão vitorioso! – Eu falei convencido. – É pra torcer pra mim!
- Vou torcer para todos, menos para você! – Ela falou, me dando um beijo longo. – Aproveite a tarde com seus primos pra se acalmar, sei que vai bem, e mesmo se não ganhar, já estou orgulhosa de você.
- Obrigado, July. Eu queria te falar algo importante. – eu falei, olhando em volta e tendo certeza de que não haveria mais ninguém no corredor. – Na verdade duas coisas.
- Está me deixando curiosa! – Ela falou, os olhos brilhando de curiosidade.
- Bem, a primeira delas. – Eu falei, puxando um saquinho do meu bolso. Eu fechei minhas mãos sobre ele e após um brilho metálico, despejei um conteúdo na mão dela. Ela abriu um largo sorriso. – Isso é para você, a partir do próximo semestre. É a chave do meu apartamento no Cairo. E quero a chave do seu. – Eu falei piscando o olho para ela.
- Eu irei providenciar com certeza, Reno. – Ela falou, debruçando-se em meu pescoço e me beijando novamente, com a chave apertada em sua mão. – E o que mais queria dizer? Não me diga um anel!
- Ainda não. – Eu falei e vi que seus olhos se iluminaram. – Mas um dia quem sabe? O que eu quero falar, é que eu decidi algo...
- Diga logo!
- Essa noite, independente do resultado do Torneio, eu assumirei o nome da família de minha mãe durante as entrevistas. A partir de hoje serei um Flamel. – Eu expliquei, sendo que já contara para ela toda minha história. Ela sorriu e me beijou novamente.
- Tem todo meu apoio. Que maravilha, dentro de alguns anos, serei a Senhora Flamel! – Ela falou rindo e foi minha vez de rir e beija-la também, despedindo-me em seguida.
Eu estava decidido, nessa noite diria ao mundo minha verdadeira origem, pensei enquanto apertava o último fragmento da Pedra de meu bisavô.
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- Campeões a postos, quando eu apitar podem começar! Três, dois, um...
Ouvi Ivanovich apitar e disparei para minha entrada do labirinto, ouvindo as torcidas nas arquibancadas gritarem em nosso apoio, porém assim que atravessei o arco de sebe, o som morreu completamente e eu só conseguia ouvir o barulho da noite. Eu saquei minha varinha e o meu mapa, abrindo-o rapidamente e começando a lê-lo. Na parte de baixo do mapa haviam diversos números que eu identifiquei como coordenadas, vendo que marcava o lugar onde a taça estava. Com um toque da varinha no mapa, eu marquei o lugar onde ela deveria estar e me animei ao ver que era um caminho curto, começando a correr, um olho no mapa e outro no caminho.
Mal dei dois passos e tropecei em uma raiz, praguejando. Eu tomei impulso rapidamente para o alto, tentando me levantar, mas fui puxado para o chão novamente e assustado vi que a raiz ganhava vida e envolvia meu pé, puxando-me para os arbustos. Eu praguejei ao reconhecer Visgo do Diabo, apontando minha varinha para ele e gritando “Incendio”. Da minha varinha saiu uma pequena labareda e a usei para assustar o Visgo, que tem medo de fogo e luz. Eu me levantei, mantendo a labareda apontada para o Visgo e procurando o meu mapa.
Nessa hora meu coração parou, pois vi que um Crustáceo de Fogo estava bem em cima dele. O Crustáceo me encarava ameaçadoramente e eu estava cercado, pois de um lado havia o Visgo ainda tentando me atacar e do outro um Crustáceo pronto para lançar chamas em mim. Eu pensei rapidamente e conjurei um feitiço de proteção para o mapa, enquanto encarava o Crustáceo. Ele, porém irritou-se com meu feitiço e soltando uma espécie de rugido para mim, começou a lançar chamas contra mim. Eu praguejei, mas pensei rápido e me joguei no chão. A bola de fogo que ele lançou passou raspando por mim e atingiu o Visgo, e ouvi uma espécie de grito vindo da planta. A planta enfureceu-se e sues tentáculos jogaram-se contra o Crustáceo e eu aproveitei a oportunidade, pulando para frente e pegando o mapa, saindo correndo no mesmo momento.
Eu ainda podia ouvir o barulho de tentáculos me seguindo e me joguei em um buraco que vi na sebe, caindo em uma trilha. Eu transmutei a sebe, fechando o buraco e olhei o mapa novamente, que por sorte estava inteiro. Eu me guiei rapidamente e voltei a correr, furioso por ter perdido tempo. Eu virei uma esquina a toda velocidade e dei um encontrão em algo ou alguém, caindo no chão ao mesmo tempo. Levantei assustado e olhei perplexo para o Gabriel, que ajeitava os óculos me encarando surpreso.
- O que você ta fazendo aqui?! – Nós dois perguntamos juntos.
- Essa é a minha trilha! – Falamos juntos novamente, a tensão impossibilitando que caíssemos na gargalhada. Nesse momento ouvimos passos rápidos e nos viramos no mesmo momento em que Gina aparecia.
- O que vocês fazem aqui?! – Ela fez a mesma pergunta que começamos a fazer, e acabamos por rir um pouco. – Essa é a MINHA trilha!
Eu e Gabriel nos entreolhamos e sacamos o mapa rapidamente, e os dois praguejaram, correndo em direções diferentes e pude ouvir Gina falando alto enquanto corria “Homens, não tem senso de direção”. Eu abri novamente o buraco que havia fechado e olhei com cuidado, procurando o Visgo ou o Crustáceo, e comecei a correr, sempre olhando para trás, procurando-os.
Eu corri por mais alguns minutos, cada vez mais próximo da taça, mas a cada passo que eu chegava perto dela, mais armadilhas surgiam. Eu tive que enfrentar uma verdadeira turba de gnomos que ao me ver correram na minha direção gritando e balançando galhos como maças. Eu chutei um deles enquanto fazia um desenho com a varinha no chão, e ao tocar o círculo com minha mão, fiz uma espécie de cerca surgir do chão, prendendo o restante deles, correndo novamente. Pouco depois eu dei de cara com algo duro no ar e vi que era uma parede invisível. Tudo estava muito escuro e murmurei “Lumus”, sabendo que isso talvez me ajudasse. A parede piscou por um momento e apagou-se e eu tateei o ar, procurando-a, e ao ter certeza que ela tinha sumido, voltei a correr.
A todo momento eu me guiava usando o feitiço dos quatro pontos e o mapa e algo me dizia que estava muito próximo da taça, na verdade eu já podia vê-la em cima de um pedestal. Mas então encontrei meu maior desafio. De repente tudo ficou escuro e senti um forte calafrio e cheguei a assoviar ao ver o que barrava minha passagem. Um dementador. O monstro barrava meu caminho, sugando o ar e sentindo minha presença. Ele virou seu rosto sem face para mim e avançou, enquanto eu sentia suas energias negras me capturando. Eu dei alguns passos para trás, apenas para ganhar tempo e então pensei em Julianne e na Pedra em meu peito, enquanto falava “Expectro Patronus” e um lobo prateado saltava para o chão, rosnando para o dementador, que pareceu vacilar, o que deu tempo ao lobo de saltar, mordendo a pele de sombras dele. O dementador mergulhou entre os arbustos, desaparecendo. Nesse momento ouvi uma explosão seguida por uma cascata de luzes multicoloridas e sabia que alguém havia pego a taça, suspirando. Eu sorri ao olhar pra frente e ver Gabriel jogado em cima da taça, parecendo com dificuldade de respirar.
Eu corri para ele, preocupado, pois seu pé sangrava muito, apesar de ataduras que ele criara com um feitiço. Ele se assustou ao me ouvir chegando, apontando a varinha para mim, como se esperasse algum inimigo, mas respirou aliviado ao me ver.
- Gabriel! Você está bem? Não se mexa. – Eu falei enquanto me abaixava perto dele. Eu tirei meu cordão e segurei a Pedra, enquanto pressionava o machucado. Houve um brilho branco e as ataduras foram recolocadas, assim como o sangue estancado.
- Isso vai segurar o sangramento até sairmos daqui.
- Obrigado, Reno, muito obrigado.
- Meninos! – Ouvimos Gina gritar ao nos ver no pedestal. Ela sorriu para Gabriel e junto de mim nos jogamos em cima dele, abraçando-o enquanto ele gritava que o pé doía.
- Parabéns!! – Nós falamos juntos.
- Ai! Ai! Obrigado, mas o pé ta doendo! – Ele falou, enquanto ríamos. Eu e Gina o apoiamos e começamos a voltar para a saída do labirinto, que agora não possuía mais nenhuma armadilha.
Demoramos alguns minutos, pois Gabriel tinha dificuldades em andar e nós o apoiávamos, mas finalmente chegamos à saída do labirinto e ouvimos o berro das torcidas. Porém, elas calaram-se novamente, sem saber quem havia ganhado, pois saímos os três juntos.
- Eles não sabem quem ganhou. – Eu falei rindo, e Gina riu também, enquanto falava para Gabriel.
- Vai lá, Campeão! Mostra quem é o vencedor do Torneio.
- Preparado para a glória?! – Eu perguntei enquanto apoiava o seu peso, enquanto ele se preparava para levantar a taça.
- Não mesmo! – Ele falou ao levantar a taça com as duas mãos e a torcida de Beauxbatons explodiu em comemoração.
A torcida invadiu os gramados, sendo Seth o primeiro deles. Ele tirou Gabriel de nós e o abraçou, jogando-o para o alto em seguida. Gabriel gritou que o pé doía, mas Seth fingiu não ouvir e o colocou nos próprios ombros, elevando-o acima do mar de alunos que corriam para dar os parabéns. Os Diretores das escolas vieram nos dar parabéns e tratar decentemente do pé de Gabriel, para depois dispersar os alunos, mandando-os para o Banquete do Final do Torneio. Os Campeões foram levados para suas Repúblicas, onde poderiam tomar um banho e mudar de roupa, e fomos acompanhados de nossos familiares.
Mamãe me acompanhou até a Chronos, feliz e orgulhosa de mim. Enquanto eu tomava um banho rápido, ela ficou no quarto da república, preparando tudo para mim e assim que sai do banho, com a roupa para a noite, ela veio me abraçar, com lágrimas nos olhos.
- Estou tão orgulhosa, filho! Você se tornou um homem excelente, apesar de um pouco rabugento.
- Obrigado, mãe. Hoje estou muito feliz. Foi um dia cansativo e mesmo não tendo ganhado a taça, estou feliz, pois foi um deles, que são meus amigos.
- Excelente! Seu pai teria muito orgulho de você, assim como seu bisavô. Eu soube que usou um pouco da Pedra para ajudar o Gabriel. – Mamãe falou, prendendo o pingente com a Pedra em meu pescoço. Ela estava agora acima da roupa, com sua forma verdadeira, uma esfera vermelha perfeita. – Está pronto?
- Sim, hoje à noite assumirei nossa família. Chega de fugir, iremos honrar nossos familiares.
- Chega de fugir, chegou à hora de enfrentarmos o mundo de frente.
- E temos amigos que estão dispostos a nos ajudar sempre.
- Exatamente. Vamos? – Ela falou, indicando a porta e eu lhe dei o braço e seguimos para o grande salão.
No meio do caminho, encontramos com Gabriel e Gina e mamãe seguiu em frente, deixando os três campeões sozinhos. Nós sorrimos um para o outro felizes, e nos abraçamos novamente, as cabeças encostadas, sem precisar falar nada, pois cada um sabia que o outro estava feliz. Suspiramos juntos e entramos juntos no grande salão, sendo recebidos por uma calorosa salva de palmas e diversos flashes, quando os repórteres dos jornais do mundo inteiro corriam para tirar uma foto nossa. Eles queriam fotos dos três juntos, e depois começaram a tirar fotos de cada um sozinho, mas principalmente do Gabriel, que suava frio, principalmente quando começaram as perguntas da entrevista.
- Como se sente sendo o grande Campeão, Gabriel? – Um jornalista perguntou em inglês, com sotaque espanhol.
- Ainda não consigo acreditar. – Gabriel falou sem jeito.
- E você Gina, como se sente sendo a terceira colocada? – Outro jornalista, este americano perguntou.
- Estou feliz, consegui chegar até aqui com esforço e minhas forças! Estou muito feliz. – Ela respondeu, sorrindo sem jeito.
- E você, Renomaru, está triste por ter perdido a taça? – Um jornalista do Profeta Diário Búlgaro me perguntou. Dos três eu era definitivamente o mais descontraído e respondia as perguntas com facilidade.
- Eu estou feliz e orgulhoso também, pois perdi para um bruxo excelente, Gabriel merece todos os parabéns, pois foi um competidor de primeira. Gina, você também foi uma excelente adversária, e teria adorado que você tivesse ganho a taça também. – Eu falei ganhando um aceno de cabeça de Gina e um olhar de Gabriel, pois todos queriam tirar novas fotos dele. Gabriel começava a ficar roxo, e eu ri enquanto murmurava para ele.
- Vou salvar sua pele!
- Por Merlin, me tire daqui! – Ele falou, rindo para mim. Eu então levantei a mão pedindo atenção e todos me olharam curiosos. Vi os olhares de meus amigos em mim, todos curiosos, com exceção de Seth, Julianne, Ty, Annia e Bram que já sabiam o que eu faria.
- Gostaria de pedir a atenção de todos um momento. – Eu falei, enquanto aguardava todos se virarem para mim. Ivanovich sorriu, pois ele também sabia do que se tratava e prestou atenção em mim, após sorrir para minha mãe. Os jornalistas ficaram entusiasmados e começavam a rabiscar rapidamente com suas penas, anotando cada detalhe. – Essa noite é uma noite especial, não apenas por ser o final do Torneio, mas também por marcar uma importante mudança na vida de todos. Dentro de alguns dias, muitos de nós estarão se formando, deixando de vez o mundo da escola, e entrando para o mundo bruxo.
Eu fiz uma pequena pausa, dramática eu sei, enquanto os jornalistas anotavam meu discurso com velocidade.
- Tomaremos diversos rumos, em diversas carreiras diferentes, mas manteremos sempre o espírito de união que nasceu de nossa amizade. E mais, arrisco dizer que este Torneio cumpriu seu objetivo maior: o de aumentar os laços entre as escolas mágicas. Hoje estamos mais unidos do que nunca, então gostaria de dar os parabéns a todos os organizadores do Torneio. – Eu falei, fazendo uma reverência para a mesa dos professores, onde todos se sentavam. Vi sorriso no rosto de todos, admirados por eu estar falando tanto.
- Porém, esta noite é ainda mais importante para mim. Por dois motivos: primeiro deles, gostaria de apresentar-lhes, minha namorada, Julianne, que me ajudou ao longo deste Torneio, mostrando-me muitas coisas importantes. – Eu indiquei com o braço onde July estava sentada, enquanto ela corava ao receber vários flashes. – E que um dia se tornará a Senhora Flamel. – Poucos captaram aquele nome, mas consegui ouvir alguns cochichos quando falei o famoso nome. – Pois, esta noite, eu assumo para o mundo minhas origens, gostaria de anunciar a todos – Eu falei enquanto levantava o cordão, deixando a Pedra à vista de todos. – Eu me chamo: Renomaru GoldenSun Kollontai Flamel, bisneto de Nicolau Flamel. – Eu falei fazendo uma reverência, enquanto a Pedra brilhava rapidamente, chamando a atenção de todos.
Todos ficaram chocados enquanto assimilavam a notícia, o salão em silêncio, até o momento em que Seth e Griffon puxaram uma salva de palmas e todos ecoaram-na. As penas dos repórteres pararam de correr por alguns segundos, enquanto seus donos ficavam boquiabertos. Então eles se tocaram da notícia que eu estava dando e começaram a tirar dezenas de fotos minhas e da famosa Pedra, enquanto choviam perguntas para mim. Eu sorri para todos e passei a ignorá-los, indo sentar-me com meus amigos. Gabriel e Gina esquivaram-se comigo para as mesas e me agradeceram com um olhar, uma vez que agora os repórteres me perseguiam, mas foram logo afastados por Ivanovich que veio me dar os parabéns, assim como outros professores e alunos, todos curiosos com a Pedra. Após algum tempo, a comoção de repórteres ocorreu novamente, dessa vez por causa de Victor Krum, de Harry Potter e Fleur Delacour, que apareçam na festa. Começou então uma nova série de fotos, com os antigos campeões e os novos e ficávamos sem saber quem desmaiaria primeiro: Victor ou Gabriel.
Os dias de Durmstrang estavam chegando ao fim, e isso trazia um sentimento bom e ruim ao mesmo tempo. O último ano fora complicado e perigoso: eu tive minha cabeça a prêmio, e ainda está, para vampiros, a King & Shadows extrapolou todos os limites, houve intervenção Ministerial, intervenção dos Chronos. Mas acima de tudo, esse ano fora maravilhoso, pois eu conhecera ótimos amigos, que levaria para todo o sempre. Eu sentiria saudades de Durmstrang, de suas Repúblicas, de seus corredores, de seus terrenos... Durmstrang foi um importante passo para meu futuro e para meu crescimento.