17 de Dezembro de 2015
Hang a shining star upon the highest bow, oh yeah, oh
And have yourself a merry little Christmas now, oh, oh
Faithful friends who are dear to us
They gather near to us once more, oh, oh
Through the years we all will be together and
If the fates allow, oh yeah
But 'til then we'll have to muddle through somehow, oh yeah, oh, oh
And have yourself a merry little Christmas now, ooh yeah, oh, ooh
Após o show maravilhoso, a professor Yelchin brindou conosco e nos deu os parabéns, estavamos conversando na mesa, quando Mitchell se aproximou querendo conversar comigo. Troquei um olhar nervoso com Parv e o segui, e fomos ate uma área que as pessoas estavam usando para dançar, e começamos fazer o mesmo:
- Nossa apresentação foi incrivel não é? – comecei a puxar assunto e ele me olhava de forma intensa, perguntei:
-Tem sujeira no meu rosto?
- Não tem nada errado com seu rosto. Foi uma apresentação maravilhosa, como você.- sorri descrente:
- Claro, e você vai dizer que meus olhos brilhavam como estrelas ao luar, e eu vou responder que foi devido ao clima natalino.
- Mas seus olhos realmente brilhavam... Espera, eu achei que brilhassem por minha causa, fiquei frustrado agora. – e com isso ele me girou e eu ri.
- Aonde você vai passar o Natal? Robbie me disse que você não vai ficar com ele.- ele quis saber.
- Vou até a Italia, na casa de alguns amigos, tenho coisas a resolver por lá e...
- Meu irmão me contou sobre a aposta. Achei muito corajosos de sua parte. Sabe, eu gostaria que viesse co...
-Mitchell!- paramos de dançar e vimos o pai dele parado junto com uma mulher bonita, que nos encarava:
- Pai, mãe...Que bom que chegaram...- dizia Mitchell enquanto os abraçava, depois ele se virou para mim:
- Pai, mãe, esta é Leonora Carrara Ivashkov, minha parceira e amiga, nós fizemos um dueto no show. – o pai dele me estendeu a mão e sorriu, mas a mãe após me olhar criticamente de cima a baixo, estendeu a mão e mal nos tocamos ela se soltou e se virou para o filho:
- Sinto não termos conseguido chegar mais cedo, querido, tenho certeza de que você estava maravilhoso.Está pronto? Sua tia está nos esperando. Adeus, foi um prazer conhece-la.- e foi embora junto com o marido que trocou olhares significativos com o filho.
- Sua mãe é uma mulher muito bonita.- comentei e Mitchell me olhou um pouco sem graça:
- Sim, ela é, e normalmente é mais amável do que isso. Desculpa, não sei o que está havendo com a minha mãe...Então gostaria que você viesse...- não consegui ouvir o restante da sua frase, pois duas mãos calosas tamparam meus olhos e uma voz macia disse perto do meu ouvido:
- Sentiu saudades minhas, Leonora Marie?- acabei sorrindo depois de tirar as mãos do meu rosto:
- Damon, o que faz aqui?- e ele me abraçou apertado.
- Vim te buscar para irmos para a Itália, você ainda não fez o teste de aparatação e precisa de uma carona.Opa, acho que interrompi a sua conversa. Sou Damon Salvatori.- estendeu uma das mãos para Mitchell e pousou a outra em meu ombro. Mitchell o cumprimentou e eu quis saber esperançosa:
- O que você ia me dizer, Mitchell?- e ele respondeu:
- Quero que você tenha um ótimo feriado de fim de ano, Leonora, te desejo tudo de bom.- e foi embora para se encontrar com seus pais que o aguardavam perto da saída.
- Atrapalhei alguma coisa Leonora Marie? – quis saber Damon e eu respondi:
- Não havia nada para atrapalhar Damon. – nos despedimos de meus amigos e fomos para a Itália.
Início da noite de 25 de Dezembro de 2015
Cheguei da Itália exausta, pois não havia descansado direito nem mesmo durante as festas na casa de Damon. O avô dele, Vincenzo quandou soube da aposta com meu pai, se ofereceu para me ajudar e ele cumpriu a palavra. Foi comigo à casa de vários operários antigos da fábrica, que me deram idéias para melhorar a produção, e Damon não saía de meu lado, porém foi seu irmão, Stefan, quem deu a idéia mais maluca de todas, mas que poderia fazer a fábrica ganhar notoriedade e as pessoas lembrarem de nossa qualidade: criar um concurso de culinária, com o nosso azeite e o dinheiro das inscrições ser revertido para alguma instituição de caridade, e ele mesmo passou a ajudar, criando um novo layout para o rótulo das embalagens, que ficaram lindos.Liguei para Robbie e Parv e eles também me davam ótimas idéias para divulgação. Trabalhamos muito, ainda tive a idéia de fazer uma lista de todos os grandes chefs que conhecia e encaminhei a cada um deles uma cesta com os nossos produtos, convidando-os a serem juizes do concurso, e um que Damon, sugeriu entusiasticamente, foi um chef brasileiro famoso, que era aparentado com uma de suas ex- namoradas, e pela carta que recebi com sua resposta positiva e os livros autografados, achei o chef Foutley muito simpático.
Subi para meu quarto e tomei um banho demorado, e até pensei em ir até a casa de Parv ou de Robbie, porém acabei caindo no sono. Algumas horas depois, acordei com alguém batendo na porta da frente. Estranhei pois o segurança não deixaria nenhum estranho passar sem me avisar antes. Desci de pijama, e rosto amassado e com os cabelos desalinhados e quando abri a porta quase cai de costas, era Mitchell.
-Oi! – foi só o que consegui dizer enquanto ele me olhava de cima a baixo e abria um sorriso.
- Espero que tenha deixado leite e biscoitos para o bom velhinho, afinal ainda é dia de Natal.- ele disse quando abri a porta um pouco mais e ele entrou.
- Como soube que eu estava de volta?- quis saber e ele respondeu:
- Estou na casa da minha tia, saí para caminhar e vi as luzes acesas, e como o segurança me conhece, ele me deixou entrar. Achei que você deveria estar com fome.- e me esticou uma sacola de papel de onde saía um aroma incrivel.
- Obrigada, estou mesmo com fome.- ajeitei o cabelo e comecei a me virar para colocar a sacola na cozinha, quando ele segurou a minha mão, me impedindo de sair.Nossos dedos se entrelaçaram, e começamos a nos virar um para o outro, mal ouvi o barulho quando a sacola caiu no chão, enquanto era envolvida por seus braços e sua boca procurava a minha.
o-o-o-o-o-o-o
Estava dormindo quando senti que era observada. Abri os olhos devagar e deparei com Mitchell me encarando, olhei-o de forma aparvalhada por alguns segundos, mas abaixei os olhos, sentindo que ficava vermelha, comecei a me levantar mas ele me segurou:
- Você está bem?? Está arrependida? perguntou e notei que ele estava realmente preocupado, sorri e disse:
- Estou bem e não estou arrependida. E você está bem?- e ele após se esticar na cama, assentiu. Fu tomar banho e quando saí, o quarto estava vazio. Fiquei decepcionada, mas o que eu poderia fazer? Não haviamos conversado e nem dito nada. Desci para a cozinha e para minha surpresa, encontrei Mitchell com os cabelos molhados, abrindo uma caixa de suco de laranja e havia posto a mesa para um jantar.
- Tomei banho no quarto de hóspedes, e como estou faminto e não sou capaz de jogar fora a comida que meu primo faz, optei por esquenta-la para o café da manhã. Tudo bem para você?
Assenti e depois que me sentei, ele serviu duas porções generosas de uma comida muito saborosa e após umas boas garfadas, eu disse:
- O que vamos fazer agora?- Mitchell me olhou e respondeu após tomar um bom gole de suco de laranja.
- Vamos sair para comprar uma cama maior, me recuso a dormir na casa da minha namorada em uma cama de solteiro. Quase cai no chão, durante a noite umas duas vezes. Olhei-o divertida:
- Ah é? E depois de comprar a tal cama, vai fazer o quê? Esvaziar um lado do guarda roupa e ditar aos empregados as suas preferências? Ainda não ouvi nenhuma pergunta importante aqui...- e ele riu, se levantando da mesa e virou a minha cadeira de frente pra ele e me olhou sério:
- Estou totalmente apaixonado por você, e quero que seja a minha namorada, você quer, Leonora?- levantei de um pulo derrubando a cadeira, e o abracei rindo:
- Sim, é claro que sim.- começamos a nos beijar, e as coisas foram ficando animadas, até que parei de beijá-lo e sussurrei em seu ouvido:
- Mitchell...Somos bruxos, não precisamos sair para comprar uma cama maior...- e ele gargalhou, enquanto subíamos as escadas para o quarto correndo.