Durante o baile de inverno, véspera das férias de final de ano
John se aproximou e me olhou de um jeito que fez com que eu me sentisse boba e infantil por ter brigado com ele. E eu fui. Ele tinha razão, não devíamos brigar por assuntos que não eram de nossa conta, como o namoro do meu pai. Ele tinha direito a ter a vida dele, como eu tinha a minha. Ele era tão sensato, e tão ‘adulto’. John sabia como me deixar sem saber como agir ou mesmo o que pensar, e o pior era ter que reconhecer que estava errada. Eu odiava isso, afinal eu terminei com ele não é mesmo? Coloquei um ar indiferente no meu rosto, enquanto ele se aproximava e ele estava tão diferente com as vestes formais, senti minha boca seca. Ele se aproximou e me agarrou na frente do Reno sem cerimônias e me beijou. Ainda não tinha me refeito da surpresa de estar correspondendo ao beijo quando ele me soltou brusco e perguntou baixinho:
- Sentiu minha falta?
- Não! - respondi irritada e ele fechou a cara se virou para ir embora.
Como assim vai embora? Não vai mesmo!
Minhas ações foram mais rápidas que meus pensamentos. Puxei o braço dele e o beijei tão intensamente quanto antes. E o empurrei, era a minha vez de deixá-lo querendo mais. Ficamos nos encarando, quando eu e ele dissemos ao mesmo tempo:
- Volta para mim. / Fica comigo. - sorrimos e nos demos às mãos. O meu mundo estava entrando nos eixos novamente.
Após o baile, queríamos ficar juntos e por mais que pudéssemos contar com nossos amigos seria como estar com os holofotes em cima de nós. Ele não ligava, mas eu sim. Disse a ele que queria estar a sós com ele, e ele me perguntou cauteloso:
- Você tem certeza de que quer isso?
- Tenho John, e se você não quiser...Eu vou entender. Ah, quem eu quero enganar? Não vou entender não, estamos namorando há um tempão e devíamos...
- SShhh! Me dá a sua mão e confia em mim. - segurei sua mão com força e nós aparatamos para um local, que eu conhecia. Era uma casa próxima dos muros da escola, mas do outro lado de onde ficavam as repúblicas, era um bairro residencial muito tranqüilo, e tinha casas muito bonitas.
Ele puxou a chave do bolso e enquanto abria a porta começamos a nos beijar. Entramos na casa e eu nem olhei muito ao redor, ouvi o barulho que a porta fez ao ser empurrada com o ombro, para ser fechada e sorri o puxando mais para perto.
Acho que havia escadas em nosso caminho, pois enquanto nos agarrávamos, abri os olhos e olhei para o rosto dele acima do meu, e senti uns degraus incômodos nas minhas costas. Ele me ergueu nos braços e caminhou com passos apressados, e ele nem ofegava com o meu peso. Eu estava tão encantada por ele, que quando ele abriu a porta com um chute, não esperávamos, que a porta batesse na parede, voltasse e me acertasse na testa.
-Ai!- gritei passando a mão na testa, mas não quis acabar com o clima, ele ia parar para buscar gelo, mas eu o puxei e o beijei puxando sua camisa para fora da calça, mordendo seu pescoço e ele gemeu segurando meus braços.
- Devagar Annia! Devagar ou a coisa vai acabar antes de começar.
- Certo! Devagar...Respira Anastácia, você não esta desesperada...- eu disse tentando recuperar o fôlego, e quando ele mordeu minha boca rindo eu perdi a linha:
- Ah eu estou sim, vamos logo com isso John. - enquanto íamos tirando a roupa entre um beijo e outro.
Vi que ele havia trazido proteção e fiquei emocionada por ele ser cuidadoso, e pensei em como eu era desmiolada e...
Droga! Não dá pra pensar direito agora, ele me pegou no colo e vai me colocar na cama e ele é tão... Forte...Não sabia que o... era assim...
- Argh!- ele falou alto, enquanto me soltava na cama, que era daquelas muito fofas e eu fui quicando como se fosse uma bola e cai sentada no chão frio, enquanto ele pulava segurando o pé. Levantei a cabeça e perguntei:
- O que aconteceu?
- Bati o dedão no pé da cama. - e o clima tão romântico foi destruído por uma cama idiota. Sem eu perceber funguei e algumas lágrimas começaram a cair. Ele veio pulando para o meu lado e disse:
- Desculpa, a culpa é minha, estraguei tudo...
- Não! Não estragou.
- Estraguei sim, queria que fosse especial e ao invés de estar fazendo amor com você, estou aqui,com o dedo do pé latejando, quase arranquei sua cabeça na porta e para finalizar te joguei no chão, como se fosse uma bola. - ele disse chateado.
- John, eu quero ficar com você. Acho que devíamos fazer o que quisermos sem nos preocupar com ‘clima’. Eu confio e você e sei que tudo vai dar certo entre nós. - levantei-me e não me senti envergonhada por estar sem roupas na frente dele. Ele sorriu e puxou-me pela mão e nos deitamos um de frente para o outro e começamos a nos beijar novamente, desta vez com mais calma.
Senti quando a mão dele subiu pelo meu cotovelo, chegou ao ombro e fez o caminho inverso, passando nas minhas costelas e e logo ela estava na minha cintura, e sem saber como, ela chegou no meu quadril e comecei a tremer um pouco nervosa, a mão dele ficou ali parada por um tempo enquanto ele me beijava mais intensamente, sentia-me flutuar, e mal percebi quando sua mão estava atrás do meu joelho, e ele puxou minha perna para cima do quadril dele, e sem eu ter tempo de raciocinar direito, ele rolou para o lado e me colocou sentada em cima dele, e enquanto suas mãos desciam do meu pescoço para o resto do meu corpo, ele disse olhando nos meus olhos, cheio de paixão:
- Eu te amo Annia. E vou para onde você quiser.
Voltei a beijá-lo e me deixei guiar pelo instinto, e foi tudo tão incrivel, que após um tempo, acordei sorrindo com ele me beijando e começando tudo novamente.
What if i told you it was all meant to be?
Would you believe me, would you agree?
It's almost that feeling that we've met before
so tell me that you don't think i'm crazy
when i tell you love has come here and now
A moment like this
Some people wait a lifetime
for a moment like this
Some people search forever
for that one special kiss
I can't believe it's happening to me
Some people wait a lifetime for a moment like this
N.AUTORA: música A moment like this, Leona Lewis