Escuridão.
Nina abriu os olhos devagar, mas a visão turva e a sala com aparência de masmorra não contribuíam em nada para identificar o local que se encontrava. Uma sensação de embriaguez ia sendo substituída, lentamente, por dor e aflição. Sabia que precisava achar alguma coisa, alguém, mas mal conseguia lembrar seu próprio nome.
- Ela acordou – informou uma voz feminina fria. Todas as luzes acenderam ao mesmo tempo e Nina piscou levemente antes de conseguir enxergar a bruxa que lhe vazia companhia. A mulher tinha longos cabelos loiros, olhar vazio e usava vestes negras. Um sorriso brincava em seu rosto. – Devemos chamá-lo agora?
Chamar quem? Nina concentrava todas as forças para tentar lembrar das últimas horas...mas mal sabia se estava ali há minutos, horas ou dias. Só sabia que o vazio que sentia dentro do peito aumentava.
- Não é necessário, ele já está vindo. – respondeu um homem de aproximadamente 30 anos e aparência de trasgo. – Onde está o menino?
O desconforto aumentava à medida que ela tentava se mexer e as tentativas frustradas só pioravam a dor de cabeça forte.
- Sendo devidamente vigiado...e lembre-se que ela não pode falar, mas pode ouvir, idiota. – disse a bruxa loira apontando para a Nina
- Como se isso fizesse grande diferença agora.
Então ela não podia falar ou se mexer. Isso explicava muita coisa. Sentia como se cada osso de seu corpo precisasse ser remendado. Os fartos cabelos castanhos faziam contato com o chão frio da sala que parecia estranhamente familiar. Tudo ali parecia estranhamente familiar.
- Ouviu isso? Ele deve ter chegado. Vamos buscar o menino, ela não vai a lugar algum.
Os dois bruxos tiraram as varinhas das vestes e apagaram as luzes antes de deixarem Nina sozinha na sala novamente. Cada músculo parecia estar adormecido, mas ela tentava resistir à vontade de fechar os olhos e procurava reconstituir a cena. Lembrava de pessoas correndo...havia um menino. Um menino de intensos olhos azuis e cabelos castanhos gritava por ajuda. Mesmo em pensamento, ela tentava alcançar o garoto, protegê-lo, mas luzes vermelhas e verdes cortavam o local e fizeram com que os gritos por ajuda cessassem.
- Onde ela está? Aqui? – perguntou uma voz que Nina tinha certeza já ter ouvido anteriormente.
Seus olhos ainda não haviam se acostumado com o escuro, embora ela se esforçasse para enxergar qualquer coisa a um palmo deles. Não precisou. Conforme os dois bruxos retornaram à sala, acompanhados de mais um homem, as luzes acenderam novamente e a sensação de desconforto foi substituída por desespero. Não só a voz era familiar, mas ao encarar o rosto do homem recém chegado, um filme passou em sua cabeça. Um filme antigo que remetia há anos, mas explicava sua chegada e a do menino ao local. Nina tentava gritar, correr, mas suas pernas pareciam extremamente inúteis e tinha certeza que sua face não refletia o medo que sentia. Concentrava suas últimas forças em realizar um feitiço mudo, mas seu cérebro parecia demasiadamente exausto para sequer tentar.
O homem não disse absolutamente nada. Encarou Nina com frieza a retirou a varinha do bolso. O último pensamento que passou pela mente da moça antes de apagar foi “Preciso recuperar meu filho”.
Escuridão novamente.
Nina abriu os olhos devagar, mas a visão turva e a sala com aparência de masmorra não contribuíam em nada para identificar o local que se encontrava. Uma sensação de embriaguez ia sendo substituída, lentamente, por dor e aflição. Sabia que precisava achar alguma coisa, alguém, mas mal conseguia lembrar seu próprio nome.
- Ela acordou – informou uma voz feminina fria. Todas as luzes acenderam ao mesmo tempo e Nina piscou levemente antes de conseguir enxergar a bruxa que lhe vazia companhia. A mulher tinha longos cabelos loiros, olhar vazio e usava vestes negras. Um sorriso brincava em seu rosto. – Devemos chamá-lo agora?
Chamar quem? Nina concentrava todas as forças para tentar lembrar das últimas horas...mas mal sabia se estava ali há minutos, horas ou dias. Só sabia que o vazio que sentia dentro do peito aumentava.
- Não é necessário, ele já está vindo. – respondeu um homem de aproximadamente 30 anos e aparência de trasgo. – Onde está o menino?
O desconforto aumentava à medida que ela tentava se mexer e as tentativas frustradas só pioravam a dor de cabeça forte.
- Sendo devidamente vigiado...e lembre-se que ela não pode falar, mas pode ouvir, idiota. – disse a bruxa loira apontando para a Nina
- Como se isso fizesse grande diferença agora.
Então ela não podia falar ou se mexer. Isso explicava muita coisa. Sentia como se cada osso de seu corpo precisasse ser remendado. Os fartos cabelos castanhos faziam contato com o chão frio da sala que parecia estranhamente familiar. Tudo ali parecia estranhamente familiar.
- Ouviu isso? Ele deve ter chegado. Vamos buscar o menino, ela não vai a lugar algum.
Os dois bruxos tiraram as varinhas das vestes e apagaram as luzes antes de deixarem Nina sozinha na sala novamente. Cada músculo parecia estar adormecido, mas ela tentava resistir à vontade de fechar os olhos e procurava reconstituir a cena. Lembrava de pessoas correndo...havia um menino. Um menino de intensos olhos azuis e cabelos castanhos gritava por ajuda. Mesmo em pensamento, ela tentava alcançar o garoto, protegê-lo, mas luzes vermelhas e verdes cortavam o local e fizeram com que os gritos por ajuda cessassem.
- Onde ela está? Aqui? – perguntou uma voz que Nina tinha certeza já ter ouvido anteriormente.
Seus olhos ainda não haviam se acostumado com o escuro, embora ela se esforçasse para enxergar qualquer coisa a um palmo deles. Não precisou. Conforme os dois bruxos retornaram à sala, acompanhados de mais um homem, as luzes acenderam novamente e a sensação de desconforto foi substituída por desespero. Não só a voz era familiar, mas ao encarar o rosto do homem recém chegado, um filme passou em sua cabeça. Um filme antigo que remetia há anos, mas explicava sua chegada e a do menino ao local. Nina tentava gritar, correr, mas suas pernas pareciam extremamente inúteis e tinha certeza que sua face não refletia o medo que sentia. Concentrava suas últimas forças em realizar um feitiço mudo, mas seu cérebro parecia demasiadamente exausto para sequer tentar.
O homem não disse absolutamente nada. Encarou Nina com frieza a retirou a varinha do bolso. O último pensamento que passou pela mente da moça antes de apagar foi “Preciso recuperar meu filho”.
Escuridão novamente.