- O que o gordinho tanto te olha hein Milla?
- O quê Evie? – virei a cabeça para onde ela indicava e vi Iago ficar vermelho, mas continuou a me encarar. Acenei com a cabeça para ele, e recebi um aceno de volta, antes que ele fosse embora.
- É, ele te olha como se você fosse um belo prato de goulash e ele fosse as batatas para acompanhar. - zombou Annia, e eu fiz que iria cutuca-la e ela se esquivou.
- Será que ele está interessado em você Milla? Quer dizer, não se pode chamar aquela namorada dele de "beldade" não?- comentou Vina e sem querer eu ri com elas. Recompus-me:
- Meninas! O Iago é bonzinho, deixem ele sossegado. Ele nunca nos fez nada.
- Eca, dizer que um cara é bonzinho é deprimente. É como dizer que ele é um inseto que pode ser morto por uma chinelada. Inofensivo... Olá meninas! - disse Luka se aproximando de nós
Respondemos seu cumprimento e ele continuou:
- Milla você está achando o Karkaroff bonzinho? Esqueceu do sangue que ele carrega?
- Luka, ele me fez um favor e eu o achei legal. Vai julgá-lo pelo pai que tem?
- Não. Mas ele é do tipo violento, veja como joga quadribol.
- Quadribol é um esporte violento Luka. Nenhum de vocês sai de campo sem algum arranhão, nariz esguichando sangue, braço quebrado. – enumerei.
- Ele sempre foi violento Milla, sempre que tem briga, ele está no meio. Já perdi a conta de quantos já foram pra enfermaria depois de algumas gentilezas dele. E ele é filho de um comensal da morte. Até a namorada dele o largou. Quer ter a amizade de um tipo como este?- replicou Luka.
- Não costumo julgar as pessoas por sua família Luka. Não vejo motivo para tratá-lo mal e se aquela garota largou o Iago, agora que o pai dele sumiu deve ser porque ela não gostava tanto dele assim. E só prova o quanto ela é idiota. - disse irritada.
- Idiota por quê? Porque viu que ele não presta? E desde quando você o chama pelo primeiro nome? ¬¬
Evie interferiu:
- Luka não perca seu tempo. A Milla se tornou a defensora do gordinho. E se você provocar muito, periga ela chamá-lo de "Fofo"! Se bem que ali teria um excesso de fofura né? – fez uma voz bem melosa para me zoar e mostrei-lhe a língua e ela insistiu cantarolando igual àquelas crianças que viajam com os pais e perguntam a cada 5 minutos se já chegaram:
- Gordinho, gordinho, gordinho, láláláláláááá. Rsrsrs
- Por favor, não briguem, isso me dá dor de cabeça. Evie, a Milla parece meio "apaixonada" pelo gor... Rapaz avantajado, não encrenca. - disse Vina.
- Não tem paixão nenhuma aqui, sem delírios Vina. Você esqueceu de tomar poção para insanidade hoje é?- respondi e sorri quando Vina se pôs a pensar nos remédios que “precisava” tomar no dia.
- Você não se apaixonaria por um tipo como aquele, seria demais até pra você, Ludmilla. - disse Luka sarcástico.
- Como assim?
- Você me entendeu. Ele não tem nada a ver com você, são muito diferentes.
- Olha se eu quiser ter amizade ou alguma coisa a mais com o Iago não será da conta de ninguém. Especialmente da sua Luka. Não enche. - disse irritada.
Saí dali e fui para o corujal me acalmar um pouco. Queria esvaziar a mente de tudo que estivesse me irritando. Mas sempre lembrava das palavras do Luka:
- Você não se apaixonaria por um tipo como aquele, seria demais até pra você, Ludmilla...
Será que o Luka estava com ciúmes de mim?- fiquei satisfeita sem nem mesmo saber por quê.
Após algum tempo saí de lá e voltei para o vilarejo para chegar até a nossa república. Continuei andando devagar e num dos diversos bares que existem por ali, vi Luka agarrado com uma garota popular do sétimo ano e ele parecia muito contente.
Gelei.
Senti uma vontade louca de furar os olhos daquela garota. E ele?
Enroscado feito um polvo com uma garota que tem um cérebro do tamanho de uma uva passa, dona de uma das piores reputações da escola e querendo dar palpite em quem se torna meu amigo? Hipócrita.
Que ódio!
- Ouch! – estava distraída e acabei dando um encontrão com uma parede humana e caí sentada.
- Perdão!- ele se desculpou e fui levantada do chão como se fosse uma boneca de pano.
Era Iago.
- Oi, desculpe, não vi você. – ele disse.
- É sou invisível mesmo. Ninguém perceberia se eu sumisse. - disse sentida.
- Eu perceberia se você sumisse. Eu er... Sentiria sua falta. – ele respondeu e ficou vermelho, enquanto tornava a falar:
- Quer tomar alguma coisa no Gelo Fino?- e como eu olhasse espantada para ele, ele mesmo respondeu ao convite:
- Que idéia a minha, uma garota como você não sairia comigo.
- Que droga Iago! – (tirei uma mecha do meu cabelo do rosto impaciente). -Porque eu não sairia com você? Por acaso eu sou alguma rainha? OU você é algum monstro?
- Não, mas você nunca sequer olhou para minha cara nestes anos todos.
- E nem você olhou para mim. Estamos quites. Estou cheia das pessoas ficarem me dizendo que você não seria uma boa companhia para mim. Como se tivessem o direito de se meter nisso. Pelo jeito até você acredita nisso. Como posso defender uma amizade com você se nem você mesmo acredita que pode dar certo? - e sem querer algumas lágrimas de frustração caíram pelo meu rosto.
- Lud, por favor, não chora. Calma.
- Não tô chorando. Foi um cisco que caiu no meu olho. – disse irritada e de repente ele me abraçou.
Relutei mas sua força física me subjugou. Enterrei meu rosto em seu peito e deixei minhas lágrimas caírem. Ele me abraçava forte, e levantou minha cabeça para que eu olhasse para ele:
- Lud, se você quiser ser minha amiga, eu vou ficar muito feliz. E prometo que vou ser o melhor amigo que você poderia ter.
Eu me sentia tão segura em seus braços e ele tinha tanto cuidado ao me segurar que acabei dizendo algo que me veio á mente:
- Você só me quer como amiga Iago?- ergui o rosto para ele, e o vi respirar fundo:
- Eu estaria mentindo se fosse só isso. Eu gostaria de ter mais de você, Lud. - ele respondeu sério.
- Porque você me chama de Lud? Todos me chamam de Milla.
- Queria te dar um apelido só meu. - respondeu.
Ficamos nos olhando e ele baixou a cabeça encostando os lábios aos meus. Foi um beijo curto, e ele disse sem me soltar:
- Desculpe... Não quis me aproveitar da nossa amizade...
- Eu pedi para você parar?- perguntei.
- Não. Mas também não disse se queria ser beijada por mim. E não creio que amigos se beijem assim. - disse com um meio sorriso.
- Iago, às vezes você fala demais. - e fiquei na ponta dos pés e o beijei.
- O quê Evie? – virei a cabeça para onde ela indicava e vi Iago ficar vermelho, mas continuou a me encarar. Acenei com a cabeça para ele, e recebi um aceno de volta, antes que ele fosse embora.
- É, ele te olha como se você fosse um belo prato de goulash e ele fosse as batatas para acompanhar. - zombou Annia, e eu fiz que iria cutuca-la e ela se esquivou.
- Será que ele está interessado em você Milla? Quer dizer, não se pode chamar aquela namorada dele de "beldade" não?- comentou Vina e sem querer eu ri com elas. Recompus-me:
- Meninas! O Iago é bonzinho, deixem ele sossegado. Ele nunca nos fez nada.
- Eca, dizer que um cara é bonzinho é deprimente. É como dizer que ele é um inseto que pode ser morto por uma chinelada. Inofensivo... Olá meninas! - disse Luka se aproximando de nós
Respondemos seu cumprimento e ele continuou:
- Milla você está achando o Karkaroff bonzinho? Esqueceu do sangue que ele carrega?
- Luka, ele me fez um favor e eu o achei legal. Vai julgá-lo pelo pai que tem?
- Não. Mas ele é do tipo violento, veja como joga quadribol.
- Quadribol é um esporte violento Luka. Nenhum de vocês sai de campo sem algum arranhão, nariz esguichando sangue, braço quebrado. – enumerei.
- Ele sempre foi violento Milla, sempre que tem briga, ele está no meio. Já perdi a conta de quantos já foram pra enfermaria depois de algumas gentilezas dele. E ele é filho de um comensal da morte. Até a namorada dele o largou. Quer ter a amizade de um tipo como este?- replicou Luka.
- Não costumo julgar as pessoas por sua família Luka. Não vejo motivo para tratá-lo mal e se aquela garota largou o Iago, agora que o pai dele sumiu deve ser porque ela não gostava tanto dele assim. E só prova o quanto ela é idiota. - disse irritada.
- Idiota por quê? Porque viu que ele não presta? E desde quando você o chama pelo primeiro nome? ¬¬
Evie interferiu:
- Luka não perca seu tempo. A Milla se tornou a defensora do gordinho. E se você provocar muito, periga ela chamá-lo de "Fofo"! Se bem que ali teria um excesso de fofura né? – fez uma voz bem melosa para me zoar e mostrei-lhe a língua e ela insistiu cantarolando igual àquelas crianças que viajam com os pais e perguntam a cada 5 minutos se já chegaram:
- Gordinho, gordinho, gordinho, láláláláláááá. Rsrsrs
- Por favor, não briguem, isso me dá dor de cabeça. Evie, a Milla parece meio "apaixonada" pelo gor... Rapaz avantajado, não encrenca. - disse Vina.
- Não tem paixão nenhuma aqui, sem delírios Vina. Você esqueceu de tomar poção para insanidade hoje é?- respondi e sorri quando Vina se pôs a pensar nos remédios que “precisava” tomar no dia.
- Você não se apaixonaria por um tipo como aquele, seria demais até pra você, Ludmilla. - disse Luka sarcástico.
- Como assim?
- Você me entendeu. Ele não tem nada a ver com você, são muito diferentes.
- Olha se eu quiser ter amizade ou alguma coisa a mais com o Iago não será da conta de ninguém. Especialmente da sua Luka. Não enche. - disse irritada.
Saí dali e fui para o corujal me acalmar um pouco. Queria esvaziar a mente de tudo que estivesse me irritando. Mas sempre lembrava das palavras do Luka:
- Você não se apaixonaria por um tipo como aquele, seria demais até pra você, Ludmilla...
Será que o Luka estava com ciúmes de mim?- fiquei satisfeita sem nem mesmo saber por quê.
Após algum tempo saí de lá e voltei para o vilarejo para chegar até a nossa república. Continuei andando devagar e num dos diversos bares que existem por ali, vi Luka agarrado com uma garota popular do sétimo ano e ele parecia muito contente.
Gelei.
Senti uma vontade louca de furar os olhos daquela garota. E ele?
Enroscado feito um polvo com uma garota que tem um cérebro do tamanho de uma uva passa, dona de uma das piores reputações da escola e querendo dar palpite em quem se torna meu amigo? Hipócrita.
Que ódio!
- Ouch! – estava distraída e acabei dando um encontrão com uma parede humana e caí sentada.
- Perdão!- ele se desculpou e fui levantada do chão como se fosse uma boneca de pano.
Era Iago.
- Oi, desculpe, não vi você. – ele disse.
- É sou invisível mesmo. Ninguém perceberia se eu sumisse. - disse sentida.
- Eu perceberia se você sumisse. Eu er... Sentiria sua falta. – ele respondeu e ficou vermelho, enquanto tornava a falar:
- Quer tomar alguma coisa no Gelo Fino?- e como eu olhasse espantada para ele, ele mesmo respondeu ao convite:
- Que idéia a minha, uma garota como você não sairia comigo.
- Que droga Iago! – (tirei uma mecha do meu cabelo do rosto impaciente). -Porque eu não sairia com você? Por acaso eu sou alguma rainha? OU você é algum monstro?
- Não, mas você nunca sequer olhou para minha cara nestes anos todos.
- E nem você olhou para mim. Estamos quites. Estou cheia das pessoas ficarem me dizendo que você não seria uma boa companhia para mim. Como se tivessem o direito de se meter nisso. Pelo jeito até você acredita nisso. Como posso defender uma amizade com você se nem você mesmo acredita que pode dar certo? - e sem querer algumas lágrimas de frustração caíram pelo meu rosto.
- Lud, por favor, não chora. Calma.
- Não tô chorando. Foi um cisco que caiu no meu olho. – disse irritada e de repente ele me abraçou.
Relutei mas sua força física me subjugou. Enterrei meu rosto em seu peito e deixei minhas lágrimas caírem. Ele me abraçava forte, e levantou minha cabeça para que eu olhasse para ele:
- Lud, se você quiser ser minha amiga, eu vou ficar muito feliz. E prometo que vou ser o melhor amigo que você poderia ter.
Eu me sentia tão segura em seus braços e ele tinha tanto cuidado ao me segurar que acabei dizendo algo que me veio á mente:
- Você só me quer como amiga Iago?- ergui o rosto para ele, e o vi respirar fundo:
- Eu estaria mentindo se fosse só isso. Eu gostaria de ter mais de você, Lud. - ele respondeu sério.
- Porque você me chama de Lud? Todos me chamam de Milla.
- Queria te dar um apelido só meu. - respondeu.
Ficamos nos olhando e ele baixou a cabeça encostando os lábios aos meus. Foi um beijo curto, e ele disse sem me soltar:
- Desculpe... Não quis me aproveitar da nossa amizade...
- Eu pedi para você parar?- perguntei.
- Não. Mas também não disse se queria ser beijada por mim. E não creio que amigos se beijem assim. - disse com um meio sorriso.
- Iago, às vezes você fala demais. - e fiquei na ponta dos pés e o beijei.